Projeto Educomunicação, Cidadania e Protagonismo Juvenil

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Juventude pauta Conferência Nacional de Comunicação

O desejo de mudar a forma como a juventude é pautada nos meios de comunicação reuniu jovens de 18 estados brasileiros para discutir a 1.ª Conferência Nacional de Comunicação

Os jovens, que para alguns, só saíram às ruas no “FORA COLLOR”, denominados como os caras pintadas e agora tem sua imagem aliada a violência, apatia e rebeldia, demonstram um outro cenário que não tem espaço nos noticiários nacionais. O protagonismo da juventude nas discussões em torno das políticas públicas se faz presente em cada passo histórico no país. Foi assim na 1.ª Conferência Nacional de Juventude, ocorrida em abril do ano passado, envolvendo cerca de 2,5 mil jovens e nesse ano, com a 1.ª Conferência Nacional de Comunicação não está sendo diferente.

Promovida pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), a Conferência Nacional Livre de Juventude e Comunicação realizada nos dias 25 e 26 deste mês em Brasília, teve um papel importante no processo de abertura da participação juvenil na discussão da Conferência Nacional, que ocorrerá nos dias 1,2 e 3 de dezembro, também na Capital Federal.

Diversas organizações que trabalham a temática comunicação-juventude, como a Revista Viração – representada em 15 estados – e a Rede de Adolescentes e Jovens Comunicadoras e Comunicadores participaram ativamente do debate nos três eixos propostos: Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania: Direitos e Deveres.

No primeiro dia os convidados da Mesa Direito à Comunicação, que estão presentes na Comissão Nacional Organizadora da Confecom, destacaram a importância da sociedade civil organizar-se para esse debate nos seus estados e municípios, uma vez que, essa conferencia será um ponto de partida para ampliar os mecanismos de participação social nos meios de comunicação. Segundo Renata Mielli, do Portal Vermelho do PCdoB, “é muito tardio que esse tema tenha se tornado um debate público” e completou “não basta garantir o espaço para produção independente, educativa, cultural, precisa que o governo garanta também verba para essa produção.”

Sabemos que, a Constituição Federal prevê espaços que promovam a diversidade e a pluralidade na programação dos meios de comunicação que utilizam-se de concessões públicas, mas na pratica as produções independentes, que desenvolvem um papel importante na produção desses conteúdos, encontram muitas dificuldades financeiras para a produção e distribuição. A internet foi discutida como um novo espaço de criação, produção e distribuição mas não substitui a televisão e o rádio, pois não é, ainda, para todos.

Fernando Paulino, da LABCOM/UNB, colocou a preocupação baseada no estudo que diz que 60 a 70% das propostas que saem de Conferencias não necessariamente se tornam políticas públicas nas áreas que não tem Conselhos constituídos.

A proposta para criação de Conselhos Estaduais e reativação do Conselho Nacional de Comunicação – que foi criado no Congresso Nacional e logo depois desativado – foi reiterada em todos os grupos justamente pela necessidade de ter instrumentos que contemplem a participação social em todos os níveis: municipais, estaduais e nacional e garantir assim, que as políticas públicas sejam efetivadas.

Bia Barbosa, do Intervozes, falou sobre a condição imposta pelos empresários e apoiada pelo governo de não levar para a conferência o tema controle social. Segundo ela “estamos muito longe de ter espaços constituídos e institucionalizados para discutir e regulamentar a comunicação”. “Um exemplo disso é o limite de 25% de publicidade na TV que não é respeitado por muitas emissoras”.

Na mesa Novas Tecnologias, Fabricio Solagna da Associação Software Livre, mostrou uma lista com os campeões de audiência no país, ocupando respectivamente os primeiros lugares: Google, Facebook, Yahoo e Youtube. E abordou os mecanismos usados pelo governo, executivo e legislativo, que tentam instituir controles de produção e barrar fluxos de informação. Como o projeto de Lei denominado AI 5 Digital (PL 89/03) apresentado pelo Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e aprovado no Senado, o qual prevê a gravação pelos provedores dos acessos dos usuários e as atitudes suspeitas encaminhadas a Policia Federal, segundo comenta Sergio Amadeu (Doutor em Ciência Política e Militante do Software Livre) em seu blog “o projeto quer transformar os provedores de acesso em uma espécie de polícia privada”. E complementa “o projeto coloca em risco a privacidade dos internautas e, se aprovado, elevará o já elevado custo de comunicação no Brasil”. Hoje o projeto vem sendo debatido no Poder Executivo.

No dia 26, os jovens se dividiram nos três GT’s e tinham como meta definir 10 propostas por grupo, sendo que, as nove mais votadas seriam consideradas prioritárias.

No grupo de Cidadania: Deveres e Direitos, o qual eu escolhi, o debate e a troca de experiências em torno da educomunicação foi amplo, entendendo esse conceito como pratica e metodologia em todos os espaços de educação: formal e não-formal. Discutimos a relação das mídias locais com a juventude, a criação de observatórios de mídia em escolas e universidades, incentivos aos projetos de pesquisa e as produções de comunicação jovem.

Destaco aqui algumas propostas formuladas pelo grupo:

- Criar linha de fomento à pesquisa e extensão universitária para projetos em educomunicação e Direitos Humanos, que contemple questões ligadas à raça/etnia, orientação sexual, gênero, geração, diversidade religiosa e acessibilidade;

- Estimular a educomunicação como pratica metodológica e transdisciplinar na rede pública e formal de ensino, por meio da formação continuada de docentes, promovendo a participação coletiva na produção de mídia e a leitura critica dos meios;

- Criar editais que incentivam a produção de comunicação na internet, contemplando recursos materiais e financeiros que gerem sustentabilidade ao jovem produtor /realizador, buscando formas menos burocráticas para que o jovem de baixa renda tenha acesso.

O relatório final com todas as propostas será enviado pelo Conjuve e publicada aqui.

Conheçam outras galeras que participaram:

http://www.vozdosadolescentes.org.br/

http://www.revistaviracao.com.br/

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Rede Social da Juventude

Está fresquinho ainda... acabo de lançar a Rede Social da Comissão da Juventude de Santos com o obejtivo de integrar os jovens e as ações promovidas por eles e para eles, num espaço aberto para o diálogo, a troca de experiências, de oportunidades e contribuindo para a construção de políticas públicas mais alinhadas aos interesses da juventude.

É um espaço de construção coletiva, onde todos podem ser produtores, compartilhando e recebendo informações.

Participe:

Rede Social CMJ

Temos tb um blog:

Blog CMJ

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Pelo direito à comunicação

Por Isys Helfenstein Remião
Bacharel em Comunicação Social e Especialista em Gestão da Comunicação pela ECA/USP.

Desde janeiro deste ano, quando anunciado pelo Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva a 1.ª Conferência de Comunicação no Fórum Social Mundial em Belém (PA), temos percebido uma série de dificuldades ao longo desses meses que se impõe a essa conferência. Sabemos que a Conferência é um processo democrático, de participação social, civil e cidadã e que estabelece a possibilidade de todos os setores envolvidos serem ouvidos e lutarem pelos seus direitos.
O setor das comunicações no país passa por reformulações desde a época da Ditadura Militar e do processo de redemocratização do país, que a partir das censuras cresce a necessidade da sociedade em manifestar seus anseios por um país justo e democrático, criando alternativas de comunicação que expressassem os interesses sociais e que contribuíssem mais tarde para o fortalecimento de outras formas de comunicação seja ela comunitária, sindical, estudantil, social, entre tantas outras espalhadas pelo país, desenvolvidas para dar voz a um grupo que não tem seu espaço garantido nos meios de comunicação de massa.
Com a Constituição de 1988 a Comunicação Social ganhou um capítulo que aborda os direitos sociais e prevê a comunicação como um direito humano a todos os cidadãos e cidadãs, mas isso não garante que, 21 anos depois, a comunicação tenha alcançado um patamar democrático e principalmente regulamentado dentro dos interesses da sociedade civil.
Após o decreto publicado no dia 14 de abril garantindo a realização da 1.ª Conferência de Comunicação nos dias 1, 2 e 3 de dezembro pelo presidente Lula e pelo Ministro das Comunicações Hélio Costa, a sociedade civil se encheu de esperanças pela possibilidade de transformação e participação na construção de um novo modelo de comunicação, aquele que segue os princípios da Constituição. Movimentos e organizações sociais que lutam pela democratização da comunicação mobilizam-se por todo o país na tentativa de convidar a sociedade civil para participar ativamente do debate. Audiências públicas são realizadas em municípios, seminários de formação são promovidos para informar a população sobre as discussões que permeiam a Conferência, movimentos sociais organizam manifestos mas parece não ser o bastante para agilizar o processo de organização.
A verba destinada para a realização da Conferência de R$ 8,2 milhões teve um corte de 82% anunciado pelo Governo Federal em 11 de maio e mais de dois meses depois a verba foi restituída pelo presidente Lula. Ocasionando o atraso no trabalho da Comissão Organizadora Nacional e das Comissões Estaduais. Após manifestações dos movimentos sociais, da sociedade civil organizada e parlamentares favoráveis à sua realização pedindo a restituição da verba com urgência, o presidente Lula tomou a frente da situação e garantiu a retomada da verba no dia 14 de julho. A partir de 21 de julho a Comissão responsável pela elaboração do regimento interno retomará as discussões.
Apesar de todo o atraso nas definições de recursos, prazos e formas de realização o importante agora é unir forças com todos os segmentos interessados em discutir o modelo de comunicação no país e lutar regionalmente para que os interesses públicos sejam contemplados nos debates municipais e regionais. As etapas para realização das Conferências Municipais vão até 31 de agosto e as estaduais até 31 de outubro.
Organizações e pessoas interessadas dos nove municípios da região formaram uma Comissão da Baixada Santista Pró-Conferência de Comunicação que em articulação com a Comissão Estadual promove Conferências Livres com o objetivo de informar a sociedade e debater as principais propostas que a região necessita. A Comissão produz materiais de comunicação e divulgação para contribuir na mobilização e na formação da sociedade.

A próxima Conferência Livre será na sede do Centro dos Estudantes, dia 19 (próximo domingo) às 14h - Av. Ana Costa, 308.

Saiba mais sobre a mobilização na Baixada Santista:
baixadasantista.proconferenciasp.org
conferenciacombs.ning.com

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Conferência do CMDCA de Santos

A 8.ª Conferência do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) foi realizada nos últimos dias 26 e 27 deste mês na UniSantos, com o tema central: “CONSTRUINDO AS DIRETRIZES PARA A POLITICA E O PLANO DECENAL”.
A Conferência contou com a presença de crianças e adolescentes de grêmios estudantis, do C.A.M.P.S e dos Centros da Juventude da Cidade que participaram ativamente das discussões em especial do Eixo 4 - Participação de crianças e adolescente nos espaços de construção da cidadania.
Nesse eixo os jovens cidadãos discutiram a situação do ensino público na cidade, levantaram propostas e entre elas ressaltaram a importância de projetos voltados à cidadania, à formação política e a participação dos jovens nos Conselhos de Direitos, nas Conferências Municipais e nos espaços de decisões institucionais. Identificaram a carência na divulgação de programas de formação e oportunidades profissionais voltadas ao público jovem.

A partir dessa discussão os jovens construíram cinco diretrizes dentro desse eixo e uma delas foi “Integrar a família e a escola, tendo o jovem como protagonista do processo de construção da cidadania nos espaços sociais” que tem como uma das ações a implantação de projetos de educomunicação e pontos de mídia livre.
A garotada entre 12 e 18 anos não se intimidou com os “adultos” nem na aprovação das diretrizes, nem na votação dos delegados, pelo contrário, interagiram, questionaram, refletiram e animaram todo o processo. Vale dizer também que cerca de 20 delegados entre crianças e adolescentes se candidataram para participar da Conferência Regional, apresentaram suas propostas e interesses em defender os seus direitos e cinco deles se elegeram. Foi uma disputa acirrada mas muito saudável para todos.
Por isso registro aqui os meus parabéns ao trabalho desenvolvido pelo Daniel Gomes e pelo Carlos André da Seduc que, por meio do projeto Democratização da Escola, realizaram 32 pré-conferências nos grêmios estudantis e o resultado pode ser visto nessa Conferência. Parabéns também para a equipe do CMDCA de Santos que oportunizou o momento e o espaço para esse público que é sem duvida o foco do trabalho e precisa ter seu direito de expressão e comunicação garantido.

Acabo, lembrando de uma frase de Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia:

“ (...)Uma das tarefas mais importantes da pratica educativo-crítica e propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar(...)”
Vamos trabalhar para que a Conferência de Comunicação também seja representada dessa forma.
Até mais!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pré-Conferência do CMDCA



No último dia 6, a ONG Camará em São Vicente realizou a Pré-Conferência do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente com a participação dos educadores da instituição, jovens, assistentes sociais, conselheiros tutelares e outros interessados em participar da discussão.


Para as crianças, eu e Maria Fernanda (educomunicadora da ONG) fizemos uma atividade de educomunicação em torno da discussão dos direitos das crianças. A atividade iniciou com uma ciranda onde as crianças cantaram e descontraíram-se para a atividade principal - discutir os seus direitos e como podemos lutar para que eles sejam respeitados.


Após uma roda de conversa os pequenos participantes produziram cartazes e improvisaram um programa de TV com o tema. E toda essa produção foi aplaudida pelos adultos que estavam em outra sala, e nós mediadoras, pudemos ressaltar a importância de ouvir as crianças e valorizar a sua expressão através da educomunicação.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Comissão Municipal da Juventude

No último dia 18 foram nomeados os novos membros e a nova coordenação da Comissão Municipal da Juventude de Santos.

Na coordenadoria foram eleitos os representantes Wellington Paulo da Silva Araujo como coordenador, Caio Nunes como 1.º secretário e Isys Remião como 2.ª secretária.


A Comissão é formada por 9 cadeiras destinadas ao poder público e 9 para organizações juvenis, entre os segmentos: estudantis, culturais, esportivos, religiosos, ONG's, ambientais, juventudes trabalhadoras e partidárias.


Agora, o desafio da CMJ é criar canais de comunicação com a juventude santista, atraí-la para os debates em torno das políticas públicas e planejar a Semana da Juventude que ocorrerá em setembro deste ano.


Outra novidade, foi o encaminhamento do projeto que transforma a Comissão em Conselho, realizado hoje em reunião com o Prefeito João Paulo Tavares Papa que entregou a documentação nas mãos do presidente da Câmara, Marcus de Rosis para que seja tramitada no Legislativo. Segundo Marcus de Rosis, a previsão é de 30 a 45 dias para aprovação do projeto que transforma a Comissão em Conselho Municipal da Juventude.


Quem quiser saber mais ou participar da CMJ é só deixar um recado neste blog ou enviar e-mail para cmjdesantos@gmail.com


A próxima reunião será no dia 01/06 às 18h na Estação da Cidadania - Av. Ana Costa, 340 - Santos


Até mais!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Educomunicação na construção da Conferência de Comunicação

A Comissão da Baixada Santista Pró Conferência Nacional de Comunicação leva o debate sobre o campo da educomunicação à sociedade civil.

A educomunicação pode contribuir diretamente para a reflexão sobre a produção de meios alternativos, para a autonomia e a liberdade de expressão dos sujeitos envolvidos e conseqüentemente na construção de políticas públicas nas áreas de comunicação e educação, e deve ser pautado nesta Conferência.




Na 1.ª Formação da Comissão, realizada nos dias 2 e 3 de maio na Estação da Cidadania, a educomunicação foi discutida pelos participantes, com a colaboração das mediadoras Maria Fernanda Portolani, Mariana Felippe e por mim (Isys Remião). A discussão abordou o conceito da educomunicação, ressaltando a sua importância na transformação social e na construção de uma comunicação autônoma, onde as pessoas tornam-se protagonistas, exercitando o diálogo e a democracia. Foram exibidas produções de rádio desenvolvidas com crianças e jovens de escolas e ONG’s da periferia de Santos.
A formação contou também com profissionais e representantes de instituições de São Paulo como: Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social), Abraço (Associação Brasileira de Radiofusão Comunitária) e o jornalista Renato Rovai da Revista Fórum.
Os palestrantes contribuíram para o debate em torno dos eixos que a Comissão definiu prioritariamente, visando capacitar os integrantes para serem facilitadores das Conferências Livres que serão realizadas nos municípios da Baixada e em espaços como Universidades, ONG’s, Sindicatos, Escolas, entre outros que possuam interesse em contribuir na construção da Conferência.


No último dia (03/5) a discussão foi em torno do tema Mídia e Opressões, destacando a relação da mídia com a criança, o negro e a mulher. Os participantes colocaram suas duvidas e sentimentos numa dinâmica de troca de experiências e diálogo.
Destaque especial do evento para os jovens do Camará de São Vicente que já trabalham a educomunicação nos projetos da ONG e para o Centro da Juventude da Zona Leste de Santos que irão produzir um fanzine através das entrevistas realizadas com os palestrantes.


Os próximos passos podem ser conferidos no blog http://conferenciacombs.blogspot.com/ e na rede social http://conferenciacombs.ning.com/






A importância de participar desta Conferencia se dá porque a Comunicação faz parte de nossas vidas, todos os dias somos “bombardeados” pelos meios, assistimos televisão, ouvimos rádio, lemos jornais/revistas, consultamos conteúdos e podemos produzir materiais na internet, por isso e temos o direito de questionar, intervir e construir um país mais democrático e justo para todos!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Saiu o decreto anunciando a Conferência de Comunicação


A 1.ª Conferência Nacional de Comunicação vai acontecer!

O presidente Lula publicou o decreto no dia 16 de abril e a denominada CONFECOM será realizada nos dias 1,2 e 3 de dezembro deste ano, com o tema: "Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital".

O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, também publicou a Portaria no dia 20 definindo os representantes da Comissão Organizadora da Conferência.

Os documentos na integra podem ser vistos na rede social da Baixada Santista http://conferenciacombs.ning.com/

Comissão da Baixada Santista

A 2.ª reunião da Comissão da Baixada Santista, realizada no dia 27, na Estação da Cidadania contou com a participação de 5 municípios: Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão.

Os participantes definiram a programação da Formação Inicial que acontecerá no próximo final de semana, dias 2 e 3, com o objetivo de discutir os eixos: Propriedade dos meios, Comunicação e Educação, e a relação da Mídia com as minorias. O evento é aberto mas tem como foco formar facilitadores que multiplicarão o conteúdo discutido em diversos espaços, na forma de Conferências Livres.

Programação:

Sábado (02/05)

9h30 – Abertura: Exposição sobre o processo da Conferência Nacional e das etapas regionais;

10h - Educomunicação: Isys Remião, Mariana Felippe e Maria Fernanda Portolani

12h – Almoço

14h - Direito à comunicação: Intervozes -Coletivo Brasil de Comunicação Social

15h30 - Comunicação popular: Jerry de Oliveira da Abraço (Associação Brasileira de Radiofusão Comunitária)

16h10 - Mídia Livre e a Formação do profissional de Comunicação: Renato Rovai da Revista Fórum

18h - Encerramento

Domingo (03/05)

9h30 - Abertura

10h – Dinâmica com o tema: Mídia e opressões

13h - Encerramento

Participe e ajude-nos a construir um processo democrático e histórico no nosso país!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comissão Baixada Santista define eixos de discussão para Conferência de Comunicação

A 1.ª Reunião da Comissão Baixada Santista Pró-Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 14/04 na Estação da Cidadania, contou com a participação de estudantes/profissionais de diferentes áreas de atuação e dos municípios de Santos, São Vicente e Cubatão.
No encontro foram definidas as estratégias para mobilização da sociedade civil e de representantes dos outros municípios da Baixada. E também, os eixos de discussão que serão abordados em uma Formação.

Os eixos são:

- Propriedade dos meios de comunicação: concessões públicas, controle social da midia e propriedade intelectual

- Educação e Comunicação: Comunicação Popular, Educomunicação, Formação do profissional de comunicação

- Midia e Opressões: A relação da midia com: mulher, o trabalhador, a criança.

- Diversidade Cultural: produção regional

Na rede social http://conferenciacombs.ning.com formamos grupos para cada eixo de discussão, visando facilitar a integração dos responsáveis por cada tema e o planejamento das ações para a formação.

No dia 15, aconteceu a reunião da Comissão Estadual de São Paulo, onde apresentamos as estratégias definidas na reunião da Baixada e fomos parabenizados pelo trabalho realizado em tão pouco tempo.
Ressaltamos ainda a importância de trabalhar os conteúdos centrais da Conferência como parte fundamental no processo de mobilização. Ficou claro que é preciso levar essas discussões para os diversos espaços como: escolas, periferias, universidades, sindicatos e movimentos sociais em geral, para que possamos garantir uma Conferência que não seja apenas para a participação de especialistas e sim da sociedade civil, plural e representativa. Cada região ou município que tiver interesse em adiantar o processo de formação e mobilização (como já fizeram alguns estados) tem a autonomia de levantar os temas a serem discutidos de acordo com as suas particularidades, enquanto aguardam a publicação oficial do Governo. A Comissão Estadual definiu a criação de três comissões: Comunicação, Mobilização e Formação. A Baixada Santista está representada nas duas últimas.

Próximos passos...

Formação dos Facilitadores: dias 02 e 03/05
Produzir material para as Conferências Livres e para divulgação. Sugestões: cartilha e video (produções educomunicativas).

terça-feira, 7 de abril de 2009

Queremos uma Conferência Nacional de Comunicação!

Olá pessoal,

Estamos no processo de preparação para a 1.ª Conferência Nacional de Comunicação que ocorrerá em dezembro deste ano, segundo anunciado pelo nosso presidente Lula, no Fórum Social Mundial em Belém.

A Baixada Santista está se organizando para participar da Conferência e dá os seus primeiros passos rumo ao processo de debates sobre as políticas de comunicação e democratização dos meios na nossa região.

A primeira reunião para a formação de uma Comissão da Baixada Santista Pró-Conferência Nacional de Comunicação ocorrerá no dia 14/04 às 19h, na Estação da Cidadania - Av. Ana Costa, 340 - Santos/SP.

Contamos com a presença de todos para fortalecer o debate e torná-lo efetivamente democrático e representativo.

Confira a carta de convocação e mais informações nos endereços: http://www.conferenciacombs.blogspot.com/
www.conferenciacombs.ning.com

Ou pelo e-mail: conferenciacombs@gmail.com

Até lá!

terça-feira, 24 de março de 2009

Educomunicação na Jornada da UniSantos

Jornada de Comunicação e Artes 2009 - UniSantos

De 25 a 28/03

Com o tema Arte, Comunicação e Cidadania a Jornada contou com palestras, oficinas e exposições voltadas às áreas de Arquitetura, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Meio Ambiente.

A Educomunicação foi tema de Oficina e Mesa-Redonda, confira:

Dias 26 e 28/03
Oficina Educomunicação: Democratização e Direito à Comunicação ministrada por Isys Helfenstein Remião

A oficina abordou conceitos do campo da educomunicação e apresentou referências de autores fundamentais para a área como Paulo Freire, Celéstin Freinet, Jesus Martin Barbero, Mario Kaplun e Ismar de Oliveira Soares.
Os participantes também vivenciaram a prática através da produção de rádio.


Dia 26/03
“Mesa Redonda Educomunicação” com a participação das professoras Aline Saboya Prado e Dr.ª Benalva da Silva Vitório, da estudante de jornalismo Mariana Felippe e das egressas Maria Fernanda Portolani (Jornalista) e Isys Remião (RP).

O objetivo da mesa foi discutir as possibilidades do campo da educomunicação, apresentando práticas de rádio e meio ambiente desenvolvidas pela Mariana ressaltando a educomunicação como ferramenta de transformação social, pela Maria Fernanda que atua em projetos voltados a mural-jornal, rádio e TV na ONG Camará em São Vicente e no Centro da Juventude de Santos e por último apresentarei o tema democratização da mídia que foi abordado no meu projeto de Gestão da Comunicação - Uma proposta educomunicativa para o Conselho de Leitores do jornal A Tribuna, Santos - na ECA/USP.

A mesa foi importante para despertar o olhar dos estudantes e demais interessados para uma área que vem crescendo significativamente no país e na América Latina, promovendo uma comunicação horizontal, baseada no diálogo e na liberdade de expressão não para o jovem mas sim com o jovem, com a sua participação direta nessa nova comunicação que queremos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

RP o destaque é você - UniSantos



Dia 13 de março aconteceu o evento R.P. o destaque é você! A atuação do profissional formado pela UniSantos, e nesta edição fui chamada para participar junto com o Tiago Liberatori que trabalha atualmente no Instituto Ethos.

O evento tem por objetivo trocar experiências entre alunos e ex-alunos do curso de Relações Públicas. Acontece todo ano e são convidados dois ex-alunos para falar sobre sua atuação profissional, a vida acadêmica e seus frutos.

Foi uma oportunidade para apresentar algumas práticas educomunicativas que tenho desenvolvido ao longo desses três anos, após a faculdade, e sensibilizar os participantes quanto a importância de profissionais engajados e comprometidos no terceiro setor, excluindo a idéia de voluntariado ou assistencialismo e defendendo a transformação social por meio da educação e da cultura.


LOCAL: Unisantos (Campus Pompéia)
AUDITÓRIO A e B (4.º andar)
HORÁRIO: 19H.
DATA: 13/03/09

segunda-feira, 2 de março de 2009

De que comunicação estamos falando?


Olá pessoal, tenho tentado escrever desde que voltei do Maranhão, após a minha estadia em Belém no Fórum Social Mundial, mas demorei um pouco para absorver aquele universo de coisas, um mundo de possibilidades.

Hoje, fiquei inspirada após ler uma mensagem de e-mail que recebi há alguns dias atrás, falando sobre a falta de acesso as informações do Fórum, questionando a dificuldades das pessoas que não estiveram lá em saber mais sobre o que aconteceu, os próximos passos, e a cobertura jornalística dada pelos meios de comunicação.

Realmente os grandes meios de comunicação não colocaram o Fórum na suas pautas, o que já era esperado, afinal, estamos num ano de discussão intensa, de conferencias regionais, estaduais e com a possibilidade da realização da Conferencia Nacional de Comunicação em dezembro deste ano, segundo declaração do nosso presidente Lula.

Além do Fórum Social Mundial, ocorreu anteriormente o Fórum Mundial de Mídia Livre, espaço que reuniu diversas mídias alternativas do país e em especial da América Latina, rádios comunitárias, jornais, revistas, o projeto Viração que contribuiu para a reflexão da produção de mídia pelos jovens, no processo de autonomia e de valorização deste publico.

O Fórum Social Mundial reuniu cerca de 90 mil pessoas que se encontraram na busca de um objetivo principal: Um outro mundo é possível. Talvez essa expressão pareça um pouco utópica mas o que me faz compartilhar deste sentimento é ver na história do nosso país os movimentos sociais crescendo, ganhando força e se articulando para enfrentar os “grandes”. Um exemplo disso é a caso das concessões, como a da Rede Globo, renovada em 2007 por mais 15 anos. Precisaremos de muita força para fazer com que a voz do povo seja ouvida, principalmente quando esse povo, na sua maioria, se vê retratado nas telinhas da Globo. Por mais que o BBB não tenha nada a ver com a vida da maioria dos brasileiros, é o programa com maior índice de audiência, e porque?

O fato é que hoje estamos discutindo uma reformulação nas concessões, estamos lutando pelas rádios comunitárias, pelas tvs publicas, os movimentos sociais, as organizações da sociedade civil e sindicatos estão se articulando para levar essa proposta para a população. Sabemos que é um processo lento, faz parte de uma mudança no processo educacional e cultural do qual vivemos há séculos, no qual se estabelece a relação de poder, a relação opressores – oprimidos, por isso essa transformação deve ser vista passo a passo, comemorando cada conquista, mesmo que de um grupo pequeno, distante e sem um grande alcance mas torcendo para que a partir dessa experiência, outros grupos se multipliquem e formem uma rede.

Como foi criado o Fórum de Mídia Livre, um espaço para discussão sobre as políticas publicas de comunicação, o midialivrismo, a construção de redes para difusão do conhecimento, e em especial a exigência de uma Conferencia Nacional de Comunicação.

Agora, é preciso que os profissionais da comunicação, da educação, os estudantes, lideres comunitários e envolvidos na temática se envolvam neste processo, contribuam para uma nova comunicação, incentivem as mídias populares locais ou produzam mídias alternativas. Não podemos ficar esperando que a grande mídia saia da sua cultura de mercado e mergulhe no mundo de possibilidades que o terceiro setor traz, e que o Fórum pode retratar muito bem, pelo menos para quem esteve lá.

Falar em fim do capitalismo? Justamente a mídia que vive muito bem nele? Um país que tem na presidência do Senado um coronel que comanda o estado do Maranhão, é dono do maior sistema de comunicação de lá, com a concessão da Globo, num dos estados mais pobres do país. Como podemos esperar que um meio de comunicação cubra, por exemplo, um manifesto, como o que ocorreu lá, chamado Balaiada, que protesta contra as barbáries que a família do nosso presidente do Senado faz naquele estado. Como isso poderia ser divulgado na mídia?

Não poderia, não foi e nem será.

Por sorte temos esses movimentos, esses manifestos, que existem em cada canto do país e são em momentos como este, do Fórum, que podemos conhecer, trocar, compartilhar e levar conosco para onde formos. Felizmente estão crescendo as formas de divulgação, e mais felizmente ainda, de forma séria, critica e plural. Como a revista Fórum que nasceu dos eventos do Fórum Social Mundial, os tantos projetos e organizações de comunicação que estavam lá fazendo a cobertura on line das atividades, como a Viração, o Intervozes, a Ciranda, Abraço e tantos outros.

Ainda não chegamos ao ponto de atingir a grande massa, nem sei se chegaremos, mesmo em Belém sentimos falta de mais divulgação das atividades, os moradores também não entendiam direito o que estava acontecendo, os jornais informavam muito pouco, mas mesmo que eles não mostrem, não falem, o país ficou sabendo de alguma forma que 90 mil pessoas se reuniram por uma causa social, talvez tenham achado que era um evento para índio, hippie, doido, comunista, enfim, a cada ano o barulho vai ficando maior, o mundo vai mudando (quem esperava uma crise mundial como essa?), e com o acesso as novas tecnologias, softwares livres e uma “pitadinha” de bom senso, coletivo e comprometido vamos conseguindo espaços para multiplicar essas experiências.

Desta forma, volto para Santos, minha cidade, disposta a contribuir para a construção de uma reflexão sobre as possibilidades, de transformação, de humanização, de construção e re-construção.

Finalizo esta minha primeira impressão, expressada e rascunhada aqui, com uma frase de Leonardo Boff, quem eu tive o prazer de ver e escutar no Fórum:

“As pessoas esqueceram o que é o bem comum, para elas o bem comum é o seu carro, sua casa, sua mulher, e aqui nós conseguimos resgatar o bem comum (no Fórum)... a casa comum é o planeta terra, precisamos cuidar dele”

Que tenhamos sempre esperança, que aprendamos a cultivá-la e entendamos que com amor e respeito ao outro poderemos chegar a esse mundo possível, a uma outra educação necessária.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

FELIZ 2009 - MUITA EDUCOMUNICAÇÃO À TODOS!

Este novo ano começa trazendo boas reflexões ao cenário social. Um ano cheio de esperança, fome de justiça e a certeza de que temos que fazer a nossa parte.
Apesar de todas as contradições que são tecidas no cenário da juventude, o fato é que existem muitas ações concretas expandindo-se país a fora, e percebemos isso facilmente através deste meio virtual, desprovido de barreiras e limites, que é a Internet. A juventude se encontra, conversa, viaja, compartilha, experimenta essa nova forma de contato com os outros e com o mundo e partir daí desenha sua ação nesse mundo.
É esse contato com as novas tecnologias que despertam sensações e possibildades à juventude, que se configura cada vez mais presente e imprescindivel ao pensarmos em educação.

Neste meu primeiro ano de "blogueira" reuni aqui algumas ações, práticas e projetos do qual participei em Santos, São Vicente e São Paulo e que me fizeram acreditar que é possível, ou melhor dizendo, inevitável lutar por um país melhor, por uma juventude mais protagonista socialmente e pelo encontro com a educomunicação que transforme esta educação autoritária, burocrática e atrasada, que nos obriga a assistir a essa violência "gritante" dentro e fora das escolas.
Por isso, em busca de novas experiências, partirei rumo a Belém para o Fórum Social Mundial e para o Fórum de Midia Livre.

Convido a todos e até a volta!

Fórum Mundial de Mídia Livre – Belém do Pará, Brasil, 26 e 27 de janeiro de 2009

Às vésperas do Fórum Social Mundial, midialivristas de todo planeta se reúnem para somar forças e discutir a criação de novas formas de comunicação.

Para aqueles(as) que praticam e lutam cotidianamente por uma outra comunicação, o momento presente combina a ampliação de oportunidades com o acirramento das desigualdades. Ao mesmo tempo em que se multiplicam iniciativas cidadãs e contra-hegemônicas de comunicação, acentua-se a concentração das grandes corporações de mídia e explicita-se o papel desses grupos como suporte do discurso hegemônico.

Link ao lado...

O Fórum Social Mundial acontecerá nos dias 29, 30, 31/01 e 01/02
A programação está no site http://www.fsm2009amazonia.org.br/

Até mais!